sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Tablet, 1994.
Em 1994, quando a larga maioria dos computadores eram desktops e no mercado começavam a surgir os primeiros PDAs, quase rudimentares para os padrões de hoje, a internet ainda de banda estreita mal tinha começado a penetrar o mercado e a consciência global, foi um verdadeiro rasgo de génio por parte deste grupo de trabalho de uma editora a abordagem ao conceito que hoje utilizamos rotineiramente nos nossos smartphones, computadores portáteis e tablets. É fascinante ver o responsável do projecto a falar de novos modelos de publicação em dispositivos móveis ao lado de um monolítico monitor CRT.
A máquina em si foi um projecto de design que de aspecto é muito similar aos tablets de hoje. Num dispositivo em que o ecrã tem a primazia as formas não variam muito. De interesse é ver a ser usado o lendário pda Newton da Apple, que junto com os Palms é o percursor dos smartphones e tablets. Note-se que só em 2010, vinte e seis anos depois deste conceito, foi lançado no mercado o iPad, que popularizou estes dispositivos (embora, sendo justo, se observe que equipamentos similares já existiam no mercado sob a forma de ultra-portáteis com ecrã móvel sensível ao toque). Este hiato de tempo diz muito sobre um carácter pouco falado da inovação tecnológica: entre o laboratório e o mercado a distância mede-se mais por factores económicos do que de inovação. Mas isso seriam outras reflexões.
Esta descoberta veio do interessante Read Write Web, site que regista impactos, projecções e inovações da tecnologia digital.
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