Numa palestra recente sobre o futuro das bibliotecas, Neil Gaiman faz uma brilhante apologia do livro e da literatura como recreio da mente, assumindo o mergulho em mundos de fantasia como um recreio para a imaginação que nos enriquece enquanto pessoas. Toca de forma brilhante em vertentes aparentemente tão díspares quanto o carácter preditivo da ficção científica e sua influência sobre cientistas e engenheiros, liberdades de escolha literária, o saber dar espaço às crianças para desenvolverem o seu gosto sem imposições externas, bibliotecas como centros que permitem acesso gratuito à cultura. E, essencialmente, da leitura como porta de acesso e estímulo à imaginação humana, libertando a mente, abrindo novos horizontes e estimulando o desenvolvimento individual.
Gaiman termina citando Einstein, dizendo que "asked once how we could make our children intelligent. His reply was both simple and wise. "If you want your children to be intelligent," he said, "read them fairy tales. If you want them to be more intelligent, read them more fairy tales." He understood the value of reading, and of imagining. I hope we can give our children a world in which they will read, and be read to, and imagine, and understand." Mas talvez a melhor frase em que Gaiman sintetiza com precisão onde quer chegar com a sua mensagem é um tornear da ideia de Tolkien que aqueles que mais lutam contra o escape às normalidades são habitualmente carcereiros. Ler, descobrir, imaginar são acções que quebram grilhões. Leiam aqui, em inglês, tudo o que o autor tem para dizer. Porque vale a pena: Why Our Future Depends On Libraries, Reading and Daydreaming.
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