Desafio Literário
Ponto de partida
Leia , de coração atento, o livro Um homem com um garfo numa terra de sopas, de Jordi Sierra i Fabra, recomendado pelo Plano Nacional de Leitura e disponível para requisição no Centro de Recursos.
Descobrirá… que “ os acontecimentos relatados neste livro são fictícios […]; no entanto a sua origem parte de um facto real recente, o suicídio de um famoso fotógrafo”.
Desafio
E se ... tivesse que responder à pergunta “ O que faz um homem com um garfo numa terra de sopas?” O que diria?
Responda a este desafio, elaborando uma narrativa curta ( extensão mínima- 220 palavras e extensão máxima- 320 palavras).
Publique o seu texto no nosso blogue (nos comentários a este post), até 20 de Junho.
O melhor texto será premiado com um cheque FNAC, no valor de 15 Euros!
Ponto de partida
Leia , de coração atento, o livro Um homem com um garfo numa terra de sopas, de Jordi Sierra i Fabra, recomendado pelo Plano Nacional de Leitura e disponível para requisição no Centro de Recursos.
Descobrirá… que “ os acontecimentos relatados neste livro são fictícios […]; no entanto a sua origem parte de um facto real recente, o suicídio de um famoso fotógrafo”.
Desafio
E se ... tivesse que responder à pergunta “ O que faz um homem com um garfo numa terra de sopas?” O que diria?
Responda a este desafio, elaborando uma narrativa curta ( extensão mínima- 220 palavras e extensão máxima- 320 palavras).
Publique o seu texto no nosso blogue (nos comentários a este post), até 20 de Junho.
O melhor texto será premiado com um cheque FNAC, no valor de 15 Euros!
5 comentários:
Não tinha a dimensão da profundidade, da distância até lá e nem do quanto difícil seria remar até à superfície. -É preciso força!-Herdei esta ideia e sentimento de sobrevivência das gerações mais velhas. -Não podemos desistir! Mesmo quando o mundo parece tão confuso...ou os nossos olhos ficam baços e turvos de lágrimas! Confesso que sempre tive coragem, desde muito pequena. Foi a avó que me ensinou a sobreviver com a sopa. A sopa pesada de pedra que parecia tão pesada como a enchada a volver a terra ou a avó a sovar a massa do pão com as suas doces e meigas mãos. Nunca me esquecerei dos seus olhos e do seu sorriso de amor. Nunca me esquecerei do esforço que fazia a comer a sopa para a agradar.
É nos momentos mais profundos e verdadeiros que eu penso na sopa da vida e no quanto é difícil engolir sem mastigar... ou mastigar sem fome...ou comer sem conhecimento.Aprendi a usar o faqueiro da avó... e com o garfo a triturar os alimentos, a seleccionar, a agarrar ou a aproximar ou a afastar... Na vida habituei-me ao garfo e é sempre necessário usá-lo. Como a gadanha que remove o estrume. Aprendi a usar o garfo para seleccionar o que quero ou não quero comer... Numa terra de sopas, o garfo ajudou-me a perceber o que é claro e o que é o alimento... sem aquele me confundir como o vómito verde do puré triturado de legumes. Existem coisas em bruto como pedra que dão nome à sopa...e nessas nenhum garfo espeta! A minha avó era assim! Personalidade forte a da velhota!
SOS! Procura-se o/a autor(a) do primeiro texto a concurso...
Fui eu!!!!! PAULA FRADE!
Antes de mais, fui honesto. Li o romance todinho. Porém, se tivesse sido mais esperto, pouparia tempo e leria apenas a página 168 e o resumo na contracapa. Lá diz tudo: “Um homem com um garfo num a terra de sopas, bebe e come com as mãos…” Como é que eu não tinha pensado nisso, pá? E andei eu a queimar neurónios! Primeiro, a cismar neste enigma das sopas, e depois, mais neurónios e pestanas, a ler, ouve lá! Claro, come com as mãos! Mas ‘tava-se mesmo a ver! O homem ali a chupar os dedos todo lambuzadinho, tipo badalhoco. Vá lá que não me impingiram daquela literatura de cordel, género aqueles calhamaços de quinhentas páginas cheios de códigos e enigmas para depois chegar a uma conclusão tão trivial como esta.
(- Ah… O quê?!! Ah sim?!) Desculpem, é a minha mulher que está aqui a meu lado, enquanto escrevo este comentário. Ela diz conhecer a história e que isso das sopas e do garfo é uma metáfora, uma imagem. Não se deve levar à letra.
(-Ah…Pois…Pois…Não tinha pensado nessa perspectiva derivada da questão, sabes).
A minha mulher explica que devemos procurar dentro de nós a dignidade da nossa condição humana, que não nos devemos deixar levar por ilusões e tentações fáceis, sobretudo se isso for contra os valores éticos que sustentam a nossa existência. No fundo, devemos agir com honestidade em relação a nós mesmos e aos outros, e viver de acordo com aquilo em que acreditamos. Pois, o tal jornalista (como era o seu nome?) estava ensopadinho em fama e prestígio internacional mas isso de nada lhe serviu em virtude de um erro cometido que pesou mortalmente sobre a sua consciência. (diz ainda a minha esposa). Então, suicidou-se (Ah, claro -digo eu. – pois foi).
Ela olha-me de soslaio como se eu fosse a maior das alimárias. Duvida que eu tenha lido o livro. Eh pá, mas podem crer que eu até li… Bem…Folheei umas páginas. Mas li, li pois!
A minha mulher diz-me que eu ando a precisar de umas boas colheres de sopa. Enfim.
João
Parabéns, João, pelo texto e fico contente por teres participado. Afinal os professores não escrevem só actas...
Jack Duarte
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