A edição deste mês traça as histórias da oposição ao regime do Estado Novo, focalizando-se nas conspirações falhadas que atentaram contra a sacrossanta segurança das figuras do regime. Vista à distância, são narrativas rocambolescas de revoltas militares que degeneram em combates ferozes, sublevações de marinheiros a fazer jus ao couraçado Potemkine, gestos grandiloquentes mas pouco eficazes que capturam a atenção internacional e estreiam o conceito de desvio de aeronaves (que outros movimentos terroristas ou de libertação vão fazer bom uso), oposição política corajosa, golpes palacianos, fugas prisionais e células armadas secretas que respondem à bomba às invectivas da retórica do regime. É uma imagem bastante afastada do tradicional portugal dos pequeninos, país de brandos costumes. A revista está nas bancas; a ler, e guardar na biblioteca.
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