quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Metropolis






Realizado por Fritz Lang em 1927, Metropolis conta com o argumento de Thea Von Harbou, mulher de Lang e quase levou à falência os mega-estúdios UFA, que o produziram. Os cenários fabulosos do filme, os seus efeitos especiais e os milhares de figurantes necessários para dar vida a Metropolis custaram cerca de sete milhões de marcos, tornando este no filme mais caro da época

A montagem do filme escapa ao padrão de palco filmado da época - as cenas são rápidamente entrecortadas, dando ao filme um ritmo visual alucinante que nos leva a mergulhar na loucura que é Metropolis.

Metropolis é um filme de imagens memoráveis: as imagens de uma cidade fabulosa onde as máquinas pareciam reinar, com fabulosos arranha-céus e estradas por onde circulavam veículos quilómetros acima da superfície, as imagens de máquinas implacáveis servidas por homens escravizados; a alucinação em que a máquina-mãe de Metropolis surge como uma encarnação do deus Moloch, que devora os operários nas suas chamas; todas as cenas em que somos levados a vislumbrar magníficos fragmentos da cidade gigantesca; a cena em que o homem opera a máquina, rodando os ponteiros do relógio, imagem quintessencial do homem escravizado à máquina; a cena em que Rotwang dá vida ao robot Maria, protótipo de todas as cenas de todos os filmes em que um cientista louco poem em movimento aparatos tecnológicos insondáveis para dar vida a criaturas monstruosas no meio de uma tempestade de electricidade; o final assombroso do filme, com a cidade a dissolver-se numa orgia de ferro e fogo filmada alucinantemente em míriades de pontos de vista que se sucedem num ritmo implacável.

Metropolis é uma obra fundamental do cinema, a influência por detrás de filmes como Blade Runner (andróides e uma Los Angeles visualmente metropolitana), Star Wars (o simpático C3PO foi directamente inspirado na andróide Maria), 2001, Dr. Strangelove, Minority Report e tantos outros filmes que nos levam a imaginar e reflectir o futuro.

1 comentário:

Anónimo disse...

É muito nice